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A Era das Mulheres Tristes

O Arquétipo da Mulher Moderna nas Histórias

Comercial de cerveja com mulher de biquíni sendo observada pelos homens, a protagonista que tira o óculos e passa a ser desejada no colégio… Exemplos do Male Gaze, ou o olhar masculino, cresceram com uma geração inteira de mulheres.

Esse termo faz parte de uma teoria sobre como o ponto de vista masculino e heterossexual molda grande parte das produções audiovisuais, literárias e culturais no geral, o que impacta no comportamento da sociedade. Não sabemos se é a vida imitando a arte ou o contrário.

Mas de uns anos para cá, muito se falou sobre transformar o Male Gaze. No começo, cenas de homens sendo sexualizados ao invés de mulheres criou uma fantasia que reverte a submissão da mulher, mas não reflete o ponto de vista feminino. Era apenas mais uma forma de abordar um olhar culturalmente masculino.

Também houve o boom de livros com a palavra “Garota” no título e o uso excessivo do termo “mulheres fortes” como uma solução oposta à antiga donzela em perigo. O tema da feminilidade foi tratado de forma vaga e rasa, causando pouca identificação e trazendo mais ideais inalcançáveis apenas para cumprir com uma necessidade de mercado.

Lembro de uma entrevista da atriz Emilia Clarke falando que odiava ver suas personagens sendo chamadas de uma mulher forte porque qual é o oposto disso, uma mulher fraca? Será que reforçar esse arquétipo de mulher forte satisfaz o público que procura uma personagem feminina realmente identificável?

Por isso, o Female Gaze ainda não passa de suposições e reflexões sobre o que é realmente interessante para mulheres, em termos de narrativa.

E esse é o meu um real de contribuição para o debate.

Com produções como Barbie e Fleabag, até Um Alguém Especial (conhecido também por Someone Great), entre outras, estamos na fase do tão esperado Female Gaze. Isso porque finalmente vemos um crescimento nas produções feitas de mulheres e para mulheres, contando histórias sobre a riqueza do universo feminino em todas as suas nuances e contradições.

Chegamos na era em que ser uma protagonista cheia de crises existenciais, às vezes até desagradável, ácida, marcada por uma sociedade que sempre impõe regras impossíveis a ela e com uma vida bagunçada é tão interessante quanto ação, explosões e a fantasia heroica dos filmes de James Bond.

Essas histórias femininas capturam o espírito do tempo, aquela sensação de estar vivo nesse momento da história, com um detalhe importante: Como ser mulher muda, nem que seja um pouco, a percepção dessa atmosfera cultural. E o resultado é o arquétipo da Mulher Moderna e muitos memes de mulheres com rímel escorrendo pelas bochechas.

Fico feliz com a forma como mulheres estão sendo retratadas nos filmes, séries e livros porque consigo ver meus dilemas refletidos nessas histórias e saber que isso faz parte de uma vivência coletiva. Mas preciso admitir que a maioria dessas personagens são melancólicas, confusas ou trazem problemáticas desconfortáveis.

Às vezes penso se isso não é uma característica particular minha, que sou propensa ao drama, mas então vejo tantas pessoas que também se identificam com a Fleabag, ou com Marianne Sheridan, de Pessoas Normais, por exemplo. Então será que estamos na era das mulheres tristes e depressivas?

Um teaser da Barbie mostra ela perguntando “algum de vocês já pensou sobre a morte?” no meio de uma festa. Isso acendeu o questionamento na minha mente. Será que é cultura da mulher contemporânea passar por tantas crises existenciais? Será que a fantasia heroica feminina é uma mulher levemente desastrosa, que causa confusão quando é levada ao seu limite?

Existe um prazer vergonhoso em ver uma personagem levar uma situação ao extremo de um jeito que não aconteceria na vida real, como em Bela Vingança, quando a protagonista esmaga as lanternas e o para-brisa do carro de um cara agressivo no trânsito.

Ela pode até ser anti-heroína na narrativa, mas representa aquela vontade reprimida pelo bom senso, principalmente considerando o quanto uma sociedade pode ser injusta e os efeitos que isso tem no emocional feminino.

Esse filme (Bela Vingança), apesar de ter a fúria feminina quase como um sentimento personificado, na verdade vem de um lugar bem triste, que representa a realidade de abusos sofridos pelas mulheres ao longo da história do mundo. Ele termina (sem spoiler) com um senso de injustiça real, mas que ainda parece chocante.

O arquétipo da Mulher Moderna é um desejo reprimido. É a melancolia por uma realidade desfavorável em muitos sentidos. As mulheres estão tristes, cansadas e com raiva, sim, com muita razão.

As novas narrativas assumem a riqueza de emoções das mulheres em um mundo que teima em categorizá-las como superficiais. Essas produções as presenteiam com a apropriação quase distópica de termos pejorativos como louca ou histérica para provar um ponto e criar histórias que se conectem com uma sensação de desconforto que reclama dentro de cada mulher.

Mas isso me leva ao próximo tópico.

Não somos uma geração mais evoluída, apenas escolhemos ignorar quem já falava sobre esses temas há muito tempo. Sabe, antes deles serem lucrativos.

Sylvia Plath escreveu A Redoma de Vidro, um romance misturado com autobiografia, e nele representou uma mulher nos anos 1960 que possuía e buscava educação, tinha sonhos e desejos, mas principalmente, uma mente que a consumia. Nesse livro ela dá as devidas camadas à vivência feminina, focando na riqueza psicológica mesmo em momentos do maior vazio da depressão. E ela não foi a única.

Em 1969, Maya Angelou lançava Eu Sei Porque o Pássaro Canta na Gaiola, onde descreve suas vivências, seu crescimento e os obstáculos do preconceito na vida de uma menina negra, cuja vida foi salva pela literatura.

Falar sobre arquétipos femininos é entender também que mulheres são diversas para além de suas personalidades ou individualidades. Fatores como etnia e nacionalidade influenciam no tratamento que recebem tanto na ficção, quanto no mundo real.

Em 95 anos de Oscar, apenas 7 mulheres foram indicadas em melhor direção, apenas 3 ganharam e apenas uma é não-branca e isso diz muito sobre a diversidade de pontos de vista e as referências que meninas e mulheres têm.

É como se tivéssemos apagado a história e começado do zero, e talvez por isso exista tanta coisa a aperfeiçoar na forma como contamos narrativas femininas.

No fim das contas, o arquétipo da Mulher Moderna é apenas uma versão atualizada de uma sensação feminina ancestral, que está presente há muitos anos e está apenas começando a receber mais atenção. Mas acredito que estamos voltando para o caminho certo.

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