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Acunhamento

Olhando daqui de cima, do décimo andar, eu já vi de tudo nessa Augusto Montenegro. Tem batida de carro, tem carro caído numa vala imensa, tem carro fugindo de Blitz pela pista do BRT, tem assalto, tem tiro, perseguição, parece até cidade grande. Numa tarde dessas, a Brenda pediu pra eu sair mais cedo pra ir buscá-la no trabalho, 18:20, olhei daqui e pensei “dá pra eu sair daqui 18:30, tá tranquilo o trânsito”.

Pula pra 18:20, fui fumar um cigarro na varanda (mentira, que eu não fumo, só fui olhar pela varanda de tédio mesmo, mas não queria admitir) olhei pra rua e estava tudo engarrafado, tudo parado na city, apaguei o cigarro (imaginário) e fui às pressas pegar o carro e partir. Quanto mais o tempo passava, mais eu me sentia distante do meu destino.

Depois lembrei do meu Celtinha preto, que saudade, era só apertar no botão de ativar o modo voador e eu sairia sobrevoando todo o caos terreno e em alguns minutos estaria em Icoaraci. Foi nessa hora que lembrei que sempre quis escrever uma crônica sobre a Rodovia Augusto Montenegro…

Pra quem não sabe, a minha primeira casa foi aqui nessa rua, ali no Nathália Lins. Foi lá que parei de chupar pipo, lembro bem que meu tio Elói, de visita à Belém, levou um pipo ousado pra mim. Mamãe ficou meio triste porque queria que eu abandonasse esse vício, botou mau olhado no meu pipo, para o meu bem, que o bicho se desgarrou da minha boca e se atirou do quarto andar direto pra pista, chorei a valer. Mas me livrei do vício.

Anos depois, meu sonho era voltar a morar na Augusto Montenegro, só eu, mamãe e Amaranta, papai viria nas folgas dele. Não queria mais morar na Pedreira, ficava olhando com melancolia pro ônibus que passava lá na parada do Carmo e vinha pra Augusto Montenegro, ficava admirando, me imaginando dentro dele, pronto pra atravessar a cidade. O sonho nunca se realizou, a linha de ônibus foi extinta das ruas e da minha memória.

Essa rua, gigante para os padrões Belenenses, é oficialmente uma avenida de 14 km, com orientação NW-SE, que leva do entroncamento pra longe, muito longe, até lá na Maracacuera, em Icoaraci. As pessoas de Belém-Centro ficam é tristes se forem convidadas pra ir lá pras bandas da Augusto, carinhosamente conhecida como Nova Belém “égua, mana, nem te fiz nada pra tu me chamar pra ir lá pra caixa prego, di rocha”. Ainda mais depois que nosso brilhante ex-prefeito Dudu, em 2008, resolveu destruir tudo para “construir” uma pista de BRT, prometendo melhorar a mobilidade urbana.

Em pleno 2021, na beira de 2022, a tal obra ainda não acabou, nem vai acabar nos próximos anos, está toda remendada, trabalho de leso. Teve um ano desses que o digníssimo e discretíssimo ex-prefeito Cabeção inaugurou míseros kms de Augusto Montenegro, novinha, ia do entroncamento até o Nathália Lins.

Me meti pra lá uma vez e me impressionei com alguns aspectos: retornos horríveis que geravam acidentes e engarrafamentos, pistas iguais à cara do ex-prefeito, toda torta, pistas com curvas acentuadas que se acunham.

É muito não conhecer o motora belenense, os caras não conseguem nem dar a seta na hora de dobrar ou de mudar de faixa, respeitar as sinalizações de trânsito e os semáforos, imaginem se iriam dirigir dentro das faixas tortas com curvas acentuadas!

Minha mente voltou pra dentro do carro, estava tocando Nill, claro, são músicas especiais pra ouvir dirigindo, 19 horas e eu ainda estava na frente do condomínio, quase 40 minutos parado. Mas a esse ponto já dava pra ter ideia do que estava acontecendo: um pequeno acidente no retorno, onde as pistas tortas se acunham! O óbvio!

Era um ônibus da linha Benguí ver-o-peso e um carro, um carro bonito, um carrão. Fui chegando perto e o motorista do carro saiu, falando ao celular, explicando pra alguém do outro lado da linha o que tinha ocorrido. Olhei bem na cara dele, e vocês nem acreditariam se eu dissesse que o motora do carro era o próprio Treme-Treme, sim, o chato, o próprio.

“Fala, moleque, já tá fazendo besteira por aí”

“Mano, esse motora do bonde que não sabe dobrar”

“tu és foda”

“pensei em ti esses dias”

“e eu falei mal de ti numa crônica esses dias”

Pensei em voz alta: deveu, seu bolsominion otário!

E segui pelas ruas tortas, escuras, mal sinalizadas e em que as pistas se acunham, da Augusto Montenegro sentido Icoaraci.

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